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2008/12/20 Raphael MD <raphamejias@×××××××××.br>: |
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> Faz anos que não uso meu drive floppy, ai esses dias fui utilizá-lo, ai notei que é meio chato o sistema do linux para disquetes, tem que ficar montando, ai não consegui utilizá-lo por exemplo junto com o wine. |
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O "sistema do linux para disquetes" é o mesmo que para qualquer outro |
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dispositivo de bloco, insere o dispositivo físico, monta ele numa |
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pasta, usa, depois desmonta e arranca fora. |
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Nesse aspecto a única diferença do drive de disquete para um drive de |
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cd ou pendrive é que o drive de disquete não foi projetado para avisar |
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o computador que um disquete foi inserido, pois a inserção e a remoção |
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do disquete são totalmente mecânicas. O drive de cd mesmo só sabe que |
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ganhou um cd novo porque quando a bandeja é fechada ele tenta ler um |
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cd, se encontrar ele avisa o sistema operacional. Já o pendrive, bom o |
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pendrive é outro esquema, como ele é totalmente eletrônico ele próprio |
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pode avisar o micro de que está lá. |
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E já que essa é a única diferença aquele mesmo trio dbus, hal e ivman |
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que monta seus cds e pendrives também pode montar disquetes, só tem |
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que avisar que tem disquete lá e avisar quando quer remover. A |
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propósito, pendrive também tem avisar que se quer remove-lo, e cd só |
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não tem porque é "read-only" e porque o drive avisa que o botão de |
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ejeção foi pressionado, o que permite ao sistema operacional |
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desmonta-lo. |
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No konqueror, se entrares em "media:/", deve ter um ícone que permite |
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montar, acessar e desmontar o drive de disquete via "hal", acho que |
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tanto faz se o dispositivo está no fstab. |
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No DOS/windows o uso do drive de disquete é aparentemente mais simples |
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porque eles montam o drive toda vez que o drive é acessado e desmontam |
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logo em seguida, além de sempre usar o sistema de arquivos FAT em modo |
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síncrono. Como nos primórdios dos micros o próprio sistema operacional |
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ficava num disquete era interessante pros unixes monta-lo em modo |
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assíncrono, devia dar um ganho de velocidade considerável comparado |
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como o DOS. Mas com o advento da popularização dos hds (faz um |
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tempinho já) o disquete virou exclusivamente um transportador de |
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dados, que a gente só colocava no drive pra copiar ou gravar e |
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retirava logo em seguida, então já não fazia mais sentido usa-lo em |
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modo asíncrono. Aí como era um saco convencer leigos em linux que |
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estavam acostumados a usar windows que eles tinham que desmontar o |
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disquete antes de retirar alguém resolveu escrever o mtools. |
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E se pensarmos um pouco além podemos chegar a conclusão de que o |
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sistema de montagem e desmontagem de hds é ainda mais trabalhoso, |
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porque a hd não é "hot-swap" como o disquete. A diferença é que a |
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gente não fica colocando e tirando hds do micro como faziamos com |
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disquetes, sem falar que geralmente quem sabe ligar uma hd sabe como |
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acessa-la e geralmente não vai fazer isso cinco minutinhos antes de ir |
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embora só pra gravar um .doczinho que baixou de um email. |
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Era isso. |
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[]s |
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thiago |