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> Que esquema de partição vcs costumam usar pra instalar o Gentoo? |
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No próprio handbook tem uma idéia básica de particionamento pro gentoo. |
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http://www.gentoo.org/doc/en/handbook/handbook-x86.xml?part=1&chap=4 |
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Você tem que levar em conta os motivos para se separar um ponto de |
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montagem da raiz. Os dois principais são: discos diferentes e a falta |
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de espaço. |
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O primeiro é obvio, para usar discos diferentes você tem que separar |
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os pontos de montagem, a não ser que você use um gerenciador de volume |
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lógico (LVM por exemplo). |
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O segundo é mais crítico em servidores, tem pontos de montagem que |
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*Não* podem acabar o espaço, os logs por exemplo por motivos de |
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segurança, com o /var cheio, alguns serviços podem parar, etc., podem |
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acontecer vários problemas. |
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Só que junto com a separação dos pontos de montagem, vem o problema do |
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"quanto?" para cada partição, se uma acaba prematuramente, é difícil |
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alterar o esquema de particionamento. Como aconteceu no teu caso. |
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Nesses casos, principalmente com vários discos, se for um servidor que |
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aceite um pouco de overhead nos discos, é muito interessante usar LVM. |
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Agora, pra desktop, eu não vejo isso como um problema, se acabar |
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espaço, não vai haver nenhuma consequência desastrosa, você vai lá, |
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delete uns temporários, limpa uns caches, e pronto, já pode salvar |
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seus documentos abertos. |
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Por isso, acho que a melhor solução para desktop seja deixar tudo numa |
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partição só, talvez separando apenas o boot, que tem tamanho |
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desprezível, e talvez a swap. Porque assim, seus pontos de montagem |
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não têm limites físicos, fica uma solução com um feel de "dinâmica", |
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pois, se você precisar compilar um openoffice da vida, você _vai_ ter |
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espaço, quando você quiser copiar DVDs, você _vai_ ter espaço, etc. |
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Assim, importa o quanto você tem de espaço livre no HD, e não na |
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partição. |
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Quanto a swap, ao contrário do que foi dito na lista, usar a swap como |
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arquivo tem sim um pequeno overhead de performace, pois você tem uma |
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camada a mais, a do FS, mas de fato, na prática não faz tanta |
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diferença. |
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Resumindo: eu, pessoalmente, por experiência própria, cheguei a esse esquema: |
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Para servidor: separar pontos de montagem, para tal, estudar o uso que |
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será feito no servidor e a distribuição em si para estimar os tamanhos |
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das partições. Se possível, usar LVM. |
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Para desktop: separo em 3 partições: boot, swap e raiz. Considero |
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separar o /home caso eu pretenda usar multi-boot com outras |
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distribuições. |
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Casos específicos: quando posso usar raid, em servidor, tudo raid1. Em |
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desktop, swap em raid0. |
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Por curiosidade, meus planos para meu próximo desktop são: Gentoo com |
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tudo em raid0, e uma partiçãozinha em raid1 para "dados importantes", |
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e uma outra, de 1 ou 2 gigas apenas, com uma distribuição pequena |
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instalada, com um slackware, para "casos de emergência", do tipo "deu |
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pau no meu raid ou no meu gentoo e eu preciso entregar meu trabalho |
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final da facul amanhã". |
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Espero ter ajudado em alguma coisa. |
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Abraços. |
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Fabiano. |
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gentoo-user-br@g.o mailing list |